Penso que não serei o único adulto que foi um miúdo judeu com aspirações a ser um americano genuíno durante os anos patrióticos da guerra - quando toda a esperança do nosso bairro, em tempo de guerra, parecia concentrar-se no corpo do Sueco - e que carregou consigo, durante toda a vida, a recordação do estilo inultrapassável daquele rapaz talentoso.
O Judaísmo que ele ostentava de um modo tão ligeiro como mais um vencedor alto, loiro e atlético, também deverá ter tido a sua influência - julgo que havia, no modo como idolatrávamos o Sueco e o seu ar de pertencer à América, uma pitada de vergonha e de auto-rejeição.
in Roth, Philip, Pastoral Americana, Publicações Dom Quixote