No exterior da minha cabana erguia-se uma pedra, uma pedra alta, cinzenta. Parecia nutrir sentimentos amigáveis em realação à minha pessoa; como se reparasse na minha presença e me reconhecesse. Quando saía de manhã, gostava de me dirigir a ela e de a contornar; era como se deixasse ali um bom amigo, sabendo que este ainda estaria à minha espera no mesmo local quando eu voltasse.
in Hamsun, Knut, Pan, Cavalo de Ferro editores